terça-feira, 6 de setembro de 2016

6 de Agosto de 1945



Desastre em hiroshima


Takashi parecia não entender o motivo, mas naquela tarde de 5 de agosto de 1945 era o seu último dia em Hiroshima. Naquele dia seu pai, o general recém formado do exército Japonês, estava inquieto e não dava a menor chance ao garoto de argumentar, já estava decidido, seria o ultimo dia da família na cidade. Takashi sentia-se impotente, por não ter a menor chance. Seu coração penava, ao se dar conta que alem de deixar para trás a cidade natal e os amigos, ali também estava o amor da sua vida.  

Aproveitando um momento de descuido do pai, Takashi não hesitou, correu para casa de Hasumi, a linda jovem sorria a espera dele na porta, mas pela feição de Takashi, Hasumi já notara que algo havia acontecido. Takashi toma Hasumi num abraço como se a vitória do japão na guerra dependesse disso, de olhos fechados, e sentindo o coração dela em seu próprio peito, ele chora, mais não diz uma só palavra. Aquele abraço era tão confortante para Hasumi quanto assustador, ela não resiste e logo pergunta, mas ainda com um sorriso no rosto, qual o motivo daquele choro. Takashi logo explica toda a situação.

Hasumi não pede, não insiste para que Takashi fique, ela simplesmente chora. E em outro abraço apertado, os dois despedem-se como sendo a ultima chance da vida. Horas mais tarde, a família de Takashi já estava pronta para partir, Takashi agora já dentro do trem, observava seus amigos do lado de fora , todos acompanhados de suas namoradas, parecia um filme passando em sua cabeça. O barulho do sino do trem avisava, era a hora de partir. Quando o trem arriscava engatar a velocidade mais branda, Takashi foi invadido pela coragem mais insana da sua vida, em um salto pulou pela janela do trem, pra desespero do seu pai, agora enfurecido, mas sem ter a menor condição de interferir. Takashi correu para a casa de Hasumi, ambos pareciam invadidos pela maior felicidade de suas vidas.

O dia seguinte, 6 de agosto de 1945, acordaram as 6 horas da manha, não pensaram duas vezes antes de ir até as margens do rio Ota, local em que haviam se conhecido. Apos duas horas de sorrisos, caricias, e sonhos planejados, um clarão obscuro toma as águas do rio. Takashi e Hasumi agora resumidos a pó, sem nenhuma chance de se argumentar. Hiroshima sentia o primeiro impacto da bomba Atômica.

Conto por: Adonai Campos


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